Selado acordo provisório entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, China, Russia, GrãBretanha, França e Alemanha)
As grandes potências mundiais e o Irã alcançaram, na madrugada de 24.11, um acordo sobre o controverso programa nuclear de Teerã, anunciou o porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
“Chegamos a um acordo”, escreveu no Twitter o porta-voz de Ashton, Michael Mann, citando a chefe da diplomacia europeia, sem avançar em detalhes. O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, também anunciou um acordo por meio do Twitter.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suíça, país anfitrião das negociações, convocou os jornalistas para uma conferência de imprensa esta noite com os ministros que participaram nas negociações, na sede da ONU.
Os responsáveis da diplomacia dos EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha foram para Genebra este fim de semana para finalizar as negociações com o Irã, iniciadas na 4ª feir, 20.11.
O Acordo
Através do acordo, o governo iraniano limitará seu programa nuclear, por 6 meses, em troca da suspensão parcial de sanções econômicas que lhe são impostas.
Durante esse período, os negociadores continuarão na busca de um pacto definitivo que garanta, por um lado, o caráter pacífico das atividades iranianas de enriquecimento de urânio; e que, por outro, favoreça o fim definitivo das sanções econômicas impostas ao Irã.
O negociadores do Irã acolheram o compromisso de o Irã, por 6 meses, não enriquecer urânio a grau acima de 5% e a paralizar o enriquecimento, a níveis mais elevados, todo seu estoque de urânio já enriquecido até 20%. Este é um nível acima do qual o combustível poderia ser usado na produção de armas. Esse estoque seria diluído em barras de combustível, o que o tornaria inútil para a construção de armas químicas.
O acordo também prevê, ainda, a supervisão das usinas iranianas à AIEA Agência Internacional de Energia Atômica.
Os EUA, por sua vez, aceitaram suspender sanções que atualmente impõem ao Irã, no valor de US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões ao longo dos próximos seis meses.